sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Recorrência a reprodução assistida para seleccionar filhos...com defeitos genéticos



08.12.2006

Os Estados Unidos têm registrado casos de eugenia às avessas.


Casais com deficiências físicas procuram clínicas de reprodução assistida para gerar crianças com os mesmos problemas de saúde que eles. O médico americano Darshak M. Sanghavi, da Universidade de Massachusetts, disse em artigo no “New York Times” que as técnicas de seleção genética — desenvolvidas justamente para evitar doenças — têm sido empregadas para escolher embriões com genes defeituosos, associados, por exemplo, à surdez e ao nanismo.


Sanghavi cita um artigo que sairá em breve na revista especializada “Fertility and Sterility”, segundo o qual 3% dos casais que se submetem a procedimentos de reprodução assistida nos EUA querem gerar filhos com deficiências físicas. O artigo faz uma revisão da técnica de diagnóstico pré-implantação, um procedimento no qual embriões são concebidos em proveta e seu DNA é analisado antes da implantação no útero. Com o método, embriões portadores de falhas genéticas relacionadas, por exemplo, à fibrose cística ou à doença de Huntington, podem ser excluídos.

Porém, Susannah A. Baruch e seus colegas da Universidade Johns Hopkins descobriram que 3% dos casais que procuram o procedimento escolhem os embriões com falhas. Sanghavi diz que esses pais não vêem certas condições como deficiência, mas sim como um caminho para entrar numa rica cultura e compartilhar experiências.


Decidi fazer esta postagem porque a noticia engloba os métodos de reprodução assistida e a genética. E se pensam que já viram tudo, aqui está mais uma prova que isso é mentira! Casais que usam a reprodução assistida para criar filhos com problemas fisicos? Ora bem.. está mal! Então as pessoas recorrem a esses métodos para prevenir isso, e estas pessoas querem trazer filhos deficientes ao mundo, simplesmente para compartilhar experiencias? Devia ser proibido...


Retirado de: http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2006/12/08/286955773.asp

Um comentário:

Aurélie Pinto disse...

Acho esta tua postagem muito interessante. Admiro o avanço da tecnologia quando utilizada na saúde e esta técnica pode dar a possibilidade a muitos casais de serem pais sem se preocuparem na transmissão "das suas doenças genéticas aos seus filhos". Concordo contigo pois uma vez que este tipo de técnica pode ajudar que maior número de crianças venham ao mundo sem defeciência porquê justamente querer que crianças com defeciência venham ao mundo se podem um dia "virem a sofrer"?